Depressão

“As cortinas transparentes não revelam
O que é solitude, o que é solidão
Um desejo violento bate sem querer
Pânico, vertigem, obsessão

A maior expressão da angústia
Pode ser a depressão, algo que você pressente
Indefinível, mas não tente se matar
Pelo menos essa noite não”

Trecho da música de Lobão “Essa noite não”

Até pouco tempo atrás, as doenças psiquiátricas tinham um entendimento deturpado no senso comum… e se pensarmos bem, isto ainda acontece em pleno século XXI.

Entender o que se passa na mente de uma pessoa é difícil, imagine então compreender o que acontece na psique.

Acredito que uma das maiores dificuldades é que no geral as pessoas “julgam” o que é visível aos olhos e em determinado momento, não considerando o contexto.

Trago à nossa reflexão a Depressão. Você sabe o que é?

Depressão é um transtorno mental comum e do ponto de vista psicopatológico, os elementos mais salientes são a tristeza, irritabilidade, perda de interesse ou prazer em atividades cotidianas, perda de concentração ou memória, diminuição da autoestima, alteração de sono ou apetite, entre outros sintomas.

Esse transtorno pode ter causas genéticas, ambientais e psicossociais (entende por que o julgamento não cabe, mas sim uma investigação profissional) e os tratamentos psicoterápicos (psicoterapia) associados ao uso de medicamentos (indicados por um psiquiatra) geram melhores resultados.

Atualmente a depressão é reconhecida como problema de saúde pública e a primeira causa de incapacidade entre todos os problemas de saúde.

Alguns sintomas que podem estar relacionados ao transtorno são: tristeza, choro fácil, falta de sentimento, tédio, irritabilidade, desânimo, insônia ou hipersonia, constipação, diminuição da libido, perda ou aumento do apetite

, ruminação com mágoas, desejo de desaparecer, autoestima diminuída, incapacidade e autodepreciação, tendência a permanecer na cama, diminuição da fala.

Classifica-se como leve, moderado e grave.

Tratamento padrão ouro: Acompanhamento com psiquiatria e psicoterapia


Fonte:
BARBOSA, Leopoldo Nelson Fernandes; ASFORA, Gabriela Catel Abrahamian; MOURA, Marina Carvalho de. Ansiedade e depressão e uso de substâncias psicoativas em jovens universitários. SMAD, Rev. Eletrônica Saúde Mental Álcool Drog. (Ed. port.),  Ribeirão Preto ,  v. 16, n. 1, p. 01-08, mar.  2020.
DALGALARRONDO, Paulo; Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentias, Artmed, Porto Alegre, 2008.

Ansiedade

A ansiedade é um estado de humor desconfortável, apreensão negativa em relação ao futuro e inquietação interna desagradável.

Nós, em algum grau, já experimentamos a ansiedade. Ela nos mobiliza a encontrar uma resposta para algo que não se concretizou. Este movimento nos traz respostas orgânicas, ou seja, manifestações somáticas e fisiológicas como a sudorese, tremores, tontura e taquicardia, bem como manifestações psíquicas do tipo inquietação interna, apreensão e desconforto mental

O quadro de ansiedade generalizada caracteriza-se pela presença de sintomas ansiosos excessivos, na maior parte dos dias, por pelo menos 6 meses. Então, observar o período em que o sintoma se mantêm é de grande importância.

Cabe ao psiquiatra fechar o diagnóstico de uma síndrome ansiosa. Para isto, é necessário verificar se os sintomas causam sofrimento clinicamente significativo e prejudicam a vida social, acadêmica e ocupacional da pessoa.

Alguns sintomas que indicam ansiosidade são: inquietação ou sensação de “nervos à flor da pele”, cansaço fácil, fadiga, “pavio curto”, irritabilidade, tensão muscular, dificuldade de relaxar, entre outros.


Fonte:
BARBOSA, Leopoldo Nelson Fernandes; ASFORA, Gabriela Catel Abrahamian; MOURA, Marina Carvalho de. Ansiedade e depressão e uso de substâncias psicoativas em jovens universitários. SMAD, Rev. Eletrônica Saúde Mental Álcool Drog. (Ed. port.), Ribeirão Preto, v. 16, n. 1, p. 01-08, mar.  2020.
DALGALARRONDO, Paulo; Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentias, Artmed, Porto Alegre, 2008.

Burnout

Um estilo de vida estressante pode nos colocar sob extrema pressão, a ponto de sentirmos exaustos, vazios, esgotados e incapazes de lidar com determinada situação.

O estresse no ambiente de trabalho também pode causar sintomas de esgotamento físico e mental.

Sentir-se permanentemente sobrecarregado, estar sob pressão o tempo todo ou ter conflitos com os colegas podem predispor o desenvolvimento do Burnout.

Pessoas com comprometimento extremo ou com superiores que cobram além do limite, acabam negligenciando suas próprias vidas e necessidades e também correm este risco.

A exaustão é uma reação normal ao estresse e não quer dizer, necessariamente, que seja uma doença.

Já o esgotamento descreve um conjunto de sintomas que é mais do que uma reação normal ao estresse. Dentre eles estão, distúrbio do sono, dores musculares e de cabeça, alteração de humor, dificuldade de memória, irritabilidade, depressão, desesperança, falta de prazer e que

Assim, podemos dizer que Burnout é distúrbio se manifesta quando a relação com o trabalho acaba se transformando em estresse, ansiedade e nervosismo intensos. A pessoa acaba sendo levada ao seu limite, físico e/ou emocional, sentindo-se extremamente cansada, desmotivada e esgotada.

Você sabia???

Segundo dados do ISMA Brasil (International Stress Management Association), 70% dos brasileiros acabam tendo problemas com estresse, dos quais 30% podem desenvolver o Burnout. Ao realizar uma pesquisa em nove países, a ISMA-Brasil concluiu que o Brasil ocupa o segundo lugar em nível de estresse, perdendo apenas para o Japão.

Dicas para lidar com o problema!

Cabe ao psiquiatra fechar o diagnóstico, mas a psicoterapia também é indicada como acompanhamento clínico.

Aqui algumas práticas preventivas que auxiliam no reestabelecimento: alimentação balanceada, prática de exercícios físicos, meditação e yoga, relacionamentos saudáveis, reorganização de suas tarefas, menos cobrança e momentos de lazer.

Estresse

Podemos entender o estresse como qualquer tipo de mudança que causa desgaste físico, emocional ou psicológico. O estresse é a resposta do seu corpo a qualquer coisa que requeira atenção ou ação. Todos experimentam algum grau de estresse. A maneira como você reage ao estresse, no entanto, faz uma grande diferença no seu bem-estar geral.

Logo, por definição, estresse é um estímulo ou uma resposta ao processo pelo qual avaliamos e lidamos com as ameaças e desafios do ambiente que nos cerca, como um sistema de luta ou fuga.

Eventos catastróficos, mudanças significativas de vida e dificuldades cotidianas podem provocar o estresse e consequências significativas para a nossa saúde.

Quando de curta duração ou percebidos como desafios, os elementos estressores podem ter efeitos positivos. Um estresse momentâneo pode mobilizar o sistema imunológico para combater infecções e curar ferimentos. Pode motivar a superar problemas.

Mas quando é profundo e prolongado pode causar danos e se tornar uma ameaça, tendo como respostas doenças crônicas como transtornos circulatório, digestivos, respiratórios e doenças infecciosas.

É importante desenvolver uma compreensão clara de como o estresse afeta sua saúde física e mental. Também é importante reconhecer como sua saúde mental e física afeta seu nível de estresse.

Meditação, caminhadas, relações interpessoais saudáveis, exercícios respiratórios entre outros, auxiliam no controle do estresse.


Fonte:
MYERS, Daniel G.; Psicologia, Editora LTG, Rio de Janeiro, 2013.